Simpósio sobre áreas degradadas reúne mais de 700 pesquisadores

- 24/11/2009 - 07:56:52

Encontro discutirá também prioridades em pesquisas sobre áreas degradadas.

Mais de 700 participantes, 73 trabalhos inscritos e mais de 40 palestras de especialistas de vários setores. Isto mostra a importância do III Simpósio sobre Recuperação de Áreas Degradadas – RAD, organizado pelo Instituto de Botânica – IBt da Secretaria Estadual do Meio Ambiente – SMA, para debater temas relacionados a pesquisas científicas e políticas públicas, bem como a legislação ambiental vigente, envolvendo aspectos como a restauração e conservação da biodiversidade.

O encontro foi aberto, em 24.11, pelo secretário estadual do Meio Ambiente, Xico Graziano, que ressaltou a importância da pesquisa para desenvolver técnicas e estabelecer referências para o replantio em áreas degradadas. “Hoje, temos informações suficientes sobre espécies e biomas, permitindo-nos normatizar a recuperação de áreas”, disse.

Graziano lembrou que a SMA, por intermédio do Projeto de Recuperação de Matas Ciliares, possui um cadastro com 375 mil hectares de áreas ripárias em recuperação no Estado de São Paulo, devendo chegar a um milhão de hectares em 2020. A recuperação dessa área deverá promover a absorção de 220 milhões de toneladas de dióxido de carbono – CO2. O secretário salientou que “a agenda verde terá uma importância fundamental na agenda das mudanças climáticas, devendo canalizar recursos vultosos em ações de recuperação de áreas degradadas”. Por tais motivos, elogiou a realização do III RAD que permite acumular conhecimentos, mostrando como encaminhar as ações de plantio em áreas degradadas.

A solenidade contou com as presenças de Vera Bononi, diretora geral do Ibt, Luiz Mauro Barbosa, pesquisador científico do IBt e organizador do simpósio, Silvio Aleixo, secretário-adjunto dos Transportes, e Marcelo Arreguy, assessor de meio ambiente da Desenvolvimento Rodoviário S.A – DERSA.

Vera Bononi afirmou que o evento tem, hoje, grande importância no meio científico. Explicou que “tudo começou há vinte anos com a reunião de cerca de 80 especialistas de diversas áreas”, preocupados com a degradação ambiental. O grande entrave, na época, era a falta de mudas e de tecnologia para trabalhar com plantas nativas. Segundo Vera, a participação de cerca de 700 profissionais mostra que o assunto teve a necessária repercussão sensibilizando diversos setores.

Para Luiz Mauro Barbosa, os encontros contribuíram para consolidar ferramentas para orientar técnicos e pesquisadores que atuam em restauração de áreas degradadas. Como exemplo citou a lista de cerca de 700 espécies de plantas nativas, apontando a sua adequação para as diferentes regiões do Estado. Como exemplo de recuperação, citou o trabalho que o IBt desenvolve para a DERSA, nas áreas de obras do Rodoanel, onde realiza o resgate de plantas e a sua realocação em outras áreas.

Em continuidade ao simpósio, na quinta e sexta-feiras, 26 e 27.11, cerca de 100 especialistas de diversos órgãos reúnem-se no Encontro de Pesquisas Ambientais para definir prioridades na recuperação de áreas degradadas.

O encontro acontece no Instituto de Botânica, na Avenida Miguel Stéfano, 3.687, no Bairro da Água Funda, na Zona Sul da Capital. Para mais informações, acesse o site do Instituto de Botânica .
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